quinta-feira, 16 de junho de 2011

FIGUEIRENSE X ATLÉTICO PARANAENSE



No próximo domingo, às 16 horas, em casa, o Figueirense recebe o Clube Atlético Paranaense em mais um jogo do Campeonato Brasileiro da Série A de 2011. O Blog aproveita a oportunidade para recordar o primeiro jogo da história entre os dois clubes.

No dia 2 de abril de 1978, um domingo, aconteceu o primeiro Figueirense x Atlético Paranaense da história válido pelo Brasileirão. Em termos técnicos, o jogo foi fraco e não agradou os mais de 8 mil torcedores que pagaram ingresso. O placar foi 1 a 1.

O Campeonato Brasileiro de Futebol de 1978, que foi disputado por 74 equipes, teve como campeão o Guarani de Campinas-SP e vice-campeão o Palmeiras de São Paulo. O Figueirense foi o 55º colocado e o Atlético-PR foi o 62º.

Confira abaixo, um resumo de como foi o jogo, extraído das páginas do caderno de esportes do Jornal O Estado, de Florianópolis.


EMPATE ACABOU SENDO UM GRANDE RESULTADO PARA

O FUTEBOL APRESENTADO PELO FIGUEIRENSE

Ao considerar que o Figueirense realizou uma péssima partida na tarde de 2 de abril de 1978, o meio campista Balduíno, em poucas palavras, refletiu com fidelidade o que houve com o seu time, totalmente perdido em campo. Pelo que o Figueirense fez e o Atlético deixou de fazer, o empate em um gol, acabou sendo um prêmio ao time da Capital catarinense. É verdade que o técnico Antônio Clemente teve que alterar a zaga devido as lesões de Fernando e Gritti, mas este detalhe, não justificou, no seu todo, o fraco rendimento da equipe. Com exceção do goleiro Noslen, os demais setores apresentaram falhas, gritantes e inadmissíveis até, para um time que parecia, conforme rendimento nas duas partidas anteriores, ter encontrado, pelo menos sua maneira tática de jogar. A zaga, desordenada e excessivamente nervosa, acabou comprometendo a meia cancha, que não teve coragem nem iniciativa para apoiar o ataque como devia. Talvez por isso, esse setor acabou sendo o mais fraco, já que Toninho Moura não marcava ninguém nem dava também cobertura e Casagrande, totalmente perdido entre o bom ponteiro Katinha e o lateral Nei Dias que constantemente subia para o apoio. Balduíno e Lourival, errando a maioria dos passes, intranquilizaram ainda mais o restante do time. Flexa foi um jogador apagado, aparecendo apenas no lance do gol e Neguinho jogou mais embolado com Lourival na altura da intermediária do que como centroavante. Restou apenas Otacílio muito preso e pouco lançado na esquerda, apenas correu muito mas com pouca utilidade, em termos práticos, para a equipe. Isso tudo, aliado ainda a preocupação do time querer mostrar futebol para a torcida, bastante numerosa por sinal, acabou favorecendo o time do Atlético, mais organizado e com as iniciativas das jogadas, principalmente com Katinha pela direita, aproveitando as falhas e indecisões de Casagrande. Rota e Bira Lopes faziam com perfeição o trabalho de ligação entre a meia cancha e o ataque, mas o Atlético finalizava sempre com desacerto. Nos primeiros 45 minutos, apenas duas chances de gol, uma de cada equipe, desperdiçadas por Katinha e Balduíno, aos 29 e 34 minutos. Na fase final, o Figueirense veio um pouco mais organizado na zaga, mas foi só nos primeiros minutos. A entrada de Ferreti no lugar de Luiz Dário, deu maior poder ofensivo ao time paranaense e contribuiu decisivamente para um apavoramento ainda maior da zaga, como foi constatado no gol de empate. Mas mesmo assim foi o Figueirense que abriu o marcador aos 11, com Otacílio completando uma sobra de bola, após boa jogada de Flexa pela direita. Antes Balduíno já havia perdido o gol. Talvez empolgado pelo gol, o Figueirense passou a se posicionar com mais coragem, na frente e, aos 21, foi surpreendido com o gol de Ferreti, completando com precisão um cruzamento da direita com toda a defesa falhando no lance. Depois dos gols, pouca coisa foi mostrada à torcida, permanecendo o mesmo panorama anterior: o Figueirense desordenado e o Atlético insistindo nos chuveirinhos na área para Ferreti. Para caracterizar o mal posicionamento dos jogadores do Figueirense, Balduíno chegou a jogar de zagueiro e ponta de lança. Por tudo isso, o empate, acabou sendo um grande resultado para o Figueirense.


FICHA TÉCNICA:

02/04/1978

Figueirense 1x1 Atlético-PR

Local: Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis-SC

Público: 8.129 pagantes

Juiz: Edmundo Absanra (SP)

Gols: Otacílio (Fig) e Ferreti (Atlé)

Competição: Campeonato Brasileiro (1ª Divisão)

Figueirense: Noslen; Terezo, Marcos, Paulo Soares e Casagrande; Toninho Moura, Lourival e Balduíno; Flexa (Hugo), Neguinho e Otacílio. Técnico: Antônio Clemente

Atlético-PR: Cabral; Nei Dias, Gilberto, Dreyer e Celso Silva; Luiz Dário (Ademar), Rota e Paulo Roberto (Ferreti); Katinha, Bira Lopes e Aladim. Técnico: Joel Castro Flores

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