O clássico de Florianópolis mais uma vez contrariou os prognósticos e apesar de todo o favoritismo, o Figueirense não conseguiu superar o Avaí na Final do Campeonato Catarinense de 2012.
No histórico deste confronto, já tivemos jogos memoráveis e várias vezes uma equipe melhor que a outra foi surpreendida.
Pela terceira vez na história, Figueirense e Avaí se enfrentaram na Final do Campeonato Catarinense. Nas duas ocasiões anteriores, cada time ganhou um título ( Avaí em 1975 e Figueirense em 1999). Da terceira vez (2012), o Avaí venceu o tira-teima, apesar do favoritismo do Alvinegro (campeão do Turno e do Returno do Estadual).
Na decisão de 1975, também foi assim. Naquele ano, o Figueirense era apontado como favorito e o Avaí ficou com a taça.
Há exatos 36 anos, oito meses e 27 dias, no auge do futebol da Capital, a cidade de Florianópolis vivenciava um clássico histórico na trajetória de confrontos dos dois mais tradicionais adversários do futebol catarinense. Marcado pela decisão do primeiro título Estadual disputado entre Figueirense e Avaí, aquele clássico, realizado em 17 de agosto de 1975, o terceiro de uma série para apontar o campeão, ficou na história como um dos mais indigestos na memória dos torcedores do Alvinegro. O Figueirense venceu uma e perdeu duas partidas, deixando escapar o título de bicampeão Estadual dentro de seu próprio estádio.
A situação em 1975 era a seguinte: após anos de dominação dos clubes do Interior, Figueirense e Avaí haviam finalmente recuperado a supremacia do futebol Regional. O Figueirense levou o título em 1972 e 1974 e o Avaí em 1973.
O primeiro encontro terminou 3 a 2, em uma jornada de gala do elegante meio-campo Sérgio Lopes. Quando tudo indicava outro triunfo Alvinegro, o Avaí acordou e deu o troco: venceu o segundo jogo com um sonoro 3 a 0.
Duas partidas, uma vitória de cada lado, foi marcado um terceiro jogo para definir o campeão. O local seria o Estádio Orlando Scarpelli, sede do dono da melhor campanha na competição e único clube catarinense na 1ª Divisão do Campeonato Nacional. O jogo começa e o espetáculo é comandado pela torcida, ocupando cada milímetro do estádio. O primeiro tempo é um duelo tático, com muita marcação e alguma violência. Na segunda etapa, o Avaí volta melhor, sendo importunado apenas pelos perigosos ataques de Toninho Quintino, em tarde inspirada. Aos 33 minutos, o Avaí marca o gol que continua na memória do futebol de Florianópolis.
A decisão de 2012, apresentou muitas semelhanças com o histórico clássico de 1975. O palco foi o mesmo, fruto da melhor campanha do Figueirense. E, se novamente o time do Scarpelli entrou em campo com uma equipe mais técnica, o grupo Avaiano costuma vencer seus jogos na base da garra e da motivação, como há 36 anos.
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