A expectativa é grande para o jogo do próximo sábado (12/11), às 19 horas, no Estádio Orlando Scarpelli, entre Figueirense e Atlético Mineiro, válido pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série A.
O encontro dos alvinegros promete muitas emoções. O time do Figueirense quer vencer para subir ainda mais na tabela e ficar perto da zona da Libertadores. Já o time atleticano tenta se manter na Série A.
O Figueirense é o 6º colocado, com 53 pontos, e está com 12 jogos de invencibilidade.
Catarinenses e mineiros já se enfrentaram 14 vezes pelo Brasileirão da Primeira Divisão. Foram 4 vitórias do Figueira, 6 vitórias do Atlético e 4 empates.
O primeiro confronto da história aconteceu no dia 16 de dezembro de 1973, em Florianópolis-SC. A vitória foi do time visitante: 3 a 1.
Em Belo Horizonte-MG, a primeira vez que Atlético e Figueirense se enfrentaram foi no Brasileirão de 1975.
No post de hoje, o Blog relembra o que aconteceu na noite do dia 29 de outubro de 1975, que ficou marcado para sempre na memória do torcedor do Figueirense. Na ocasião, o clube catarinense não chegou a realizar uma excelente partida, mas pelo que apresentou durante a segunda etapa, merecia uma vitória. E ela aconteceria normalmente se o juiz da partida, o carioca Luiz Carlos Félix, não assinalasse um pênalti inexistente em favor do time de Minas.
Quarta-feira, 29 de outubro de 1975. Há 36 anos, Atlético Mineiro e Figueirense se enfrentaram pela primeira vez em Belo Horizonte-MG, jogo válido pelo Campeonato Brasileiro. O detalhe é que o árbitro Luiz Carlos Félix (FIFA-RJ), influenciou diretamente no resultado do jogo, fato que revoltou os torcedores, comissão técnica, jogadores e dirigentes do Figueirense.
SÓ PÊNALTI INEXISTENTE TIRA VITÓRIA DO FIGUEIRA
Claramente prejudicado pela marcação de um pênalti inexistente no final do jogo, o Figueirense empatou no dia 29 de outubro de 1975 com o Atlético-MG em três gols, no Estádio Mineirão, em Belo Horizonte-MG. Foi uma partida difícil em que o Atlético pressionou constantemente, com o Figueirense se defendendo sempre.
O primeiro tempo começou com o Figueirense tentando marcar logo o primeiro gol, indo um pouco à frente. Sérgio Lopes estava plantado à frente da zaga, Dito Cola corria muito, apoiando o ataque e a zaga. De uma jogada individual de Dito Cola saiu o primeiro gol da partida: da direita, com a bola dominada ele partiu para o meio, driblou um adversário e depois finalizou no canto direito do goleiro do Atlético, com o pé esquerdo. Depois do gol, instintivamente o Figueirense recuou. O Atlético com Paulo Isidoro, Reinaldo, Romeu, muito bem apoiados por Toninho Cerezo e Campos, passou a pressionar. O atacante Arlem era constantemente acionado, mas não conseguia cruzar bem. O Atlético, com esses jogadores, atacava facilmente e de maneira desordenada, embora com o apoio da torcida.
Aos 40 minutos, depois de ter criado várias oportunidades de gol, o Atlético empatou: numa cobrança de escanteio feita por Getúlio, Paulo Isidoro recebeu aproveitando uma falha do zagueiro Nélson, e finalizou no alto, canto direito do goleiro Nílson.
O Figueirense, nos raros contra-ataques que realizava, não levou perigo à meta do goleiro Ado. O atacante Volmir, sempre sozinho, pouco podia fazer.
Os dois times retornaram para a segunda etapa sem modificações. O meia-armador Sérgio Lopes avançou um pouco, o lateral Baio avançaria depois do segundo gol do Atlético e Volmir continuou sozinho na frente. O meio campo Dito Cola, cansado e machucado, pouco fez. No Atlético Campos voltou cansado, o mesmo acontecendo com Arlem. O jogo do Atlético passou a ser feito com Reinaldo, Paulo Isidoro e Toninho Cerezo, com Romeu abastecendo o ataque com frequentes cruzamentos da esquerda, que conseguia fazer depois de bater a zaga do Figueirense. Aos 9 minutos o Atlético desempatou, numa cabeçada de Paulo Isidoro, completando um lance começado com Arlem. Pouco depois, aos 11 minutos, o Figueirense desempataria com um gol contra de Vantuir que numa cabeçada encobriu o goleiro Ado. Depois do segundo gol, Baio tentou subir um pouco e com algum sucesso. O ponteiro Marcos Cavalo nada fazia na direita e aos 26 minutos foi substituído por Jorge Luiz. O Atlético continuava pressionando, de maneira nervosa. Mesmo assim o terceiro gol seria do Figueirense, aos 28 minutos, com Volmir: depois de Ado caído com a bola na mão, soltou-a para Volmir finalizar marcando o terceiro gol do Figueirense. O Atlético desorientou-se mas partiu para o ataque novamente. O Figueirense recuou mais ainda e defendia-se a todo custo. Foi o que permitiu que aos 40 minutos o centroavante Reinaldo simulasse uma falta dentro da área, e que na confusão o juiz marcou pênalti. O pênalti foi cobrado por Getúlio, que chutou rasteiro no meio, por baixo do goleiro Nílson.
Preocupado em garantir o resultado para o Atlético, aos 43 minutos o juiz Luiz Carlos Félix encerrou a partida, cometendo novo erro e prejudicando novamente o Figueirense, que apesar de seu jogo pouco convincente, poderia ter vencido a partida.
FIGUEIRENSE JOGOU DESFALCADO
Mesmo desfalcado de dois importantes jogadores a delegação do Figueirense viajou confiante de conseguir ao menos um empate contra o Atlético em Minas. O lateral direito Pinga e o centroavante Toninho Quintino não viajaram, o primeiro com uma lesão no pé, enquanto que Toninho cumpria suspensão automática.
Com a saída de Toninho, o ponta esquerda Volmir jogou no comando do ataque, com Moacir ficando na ponta esquerda e Marcos Cavalo na ponta direita. Na lateral direita, Baio entrou em lugar de Pinga.
Após conseguir a classificação para as Semifinais do Brasileirão e principalmente por ter realizado boas atuações na competição, o Figueirense foi bastante respeitado pelo jogadores, torcedores e profissionais de imprensa de Minas Gerais.
Naquela noite o jogo foi transmitido direito para Santa Catarina por dois canais de TV.
FICHA DO JOGO:
29/10/1975
Atlético Mineiro 3x3 Figueirense
Local: Estádio Mineirão, em Belo Horizonte-MG
Juiz: Luiz Carlos Félix (RJ)
Gols: Dito Cola, Vantuir (contra) e Volmir
Figueirense: Nílson, Baio, Nélson, Almeida e Casagrande; Sérgio Lopes, Dito Cola e Zé Carlos; Marcos Cavalo (Jorge Luiz), Volmir e Moacir.
Técnico: Lauro José Búrigo
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